Mas afinal, o que é a Economia Criativa?
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fonte: asboasnovas.com |
Se pegarmos no conceito de economia em
si, que é uma ciência que estuda a melhor forma de utilizar os recursos
escassos que tem no mundo de forma a criar riquezas e distribuí-las da melhor
forma na sociedade, podemos dizer que a economia criativa é uma parte que esta
dentro da economia: ela é uma parte da economia que utiliza vários tipos de
recursos como a criatividade, imaginação e conhecimento, ou seja, utiliza mais
a capacidade intelectual para a produção de determinados bens e serviços para
também coloca-lo ao serviço da comunidade.
Segundo o Livro de John
Howkins, jornalista especializado na área de negócios, ‟The Creative Economy” publicada em 2001, a Economia
Criativa nada mais é que um conjunto de atividades originárias da
capacidade criativa e imaginativa de cada indivíduo que possibilita a geração
de soluções e produtos em determinadas áreas obtendo valor económico.
Qualquer atividade criativa quando bem
coordenadas pode gerar empregos, riquezas e ambiente favorável para o negócio.
Segundo pesquisadores, apesar das ideias definidas por Howkins, esse conceito
já existiria no início da década de 90, principalmente nos setores da indústria
cultural e das comunicações.
Quanto à sua origem, não há consenso
preciso de onde surgiu a economia criativa. Atribui-se sua origem a indústrias
criativas, que foi inspirada no projeto Creative Nation, surgido na Austrália,
em 1994.
As Indústrias Criativas são definidas
pelo Relatório de Economia Criativa de
2010 publicada pela Conferencia das Nações Unidas para o Comércio e
Desenvolvimento (Unctad) como sendo um ciclo de criação, produção e
distribuição de bens e serviços fazendo uso do capital intelectual. Este
relatório afirma ainda que apesar da crise financeira mundial ter causado uma
queda violenta no comércio internacional no ano de 2008 houve um aumento de
exportações dos produtos criativos.
O caso de Cabo Verde
A economia criativa é um dos assuntos
do momento. Ela tem vindo a dar uma grande contribuição para o crescimento e
prosperidade sobretudo dos países em desenvolvimento, como é o caso de Cabo
Verde.
Notícias recentes têm mostrado que Cabo
Verde tem vindo a se destacar no mundo das indústrias criativas. Temos vindo a
investir muito nessa área com um grande enfoque na área cultural (música,
artesanato, teatro).
Segundo o economista, José Luís Neves a
economia criativa em Cabo Verde remete-nos
especificamente para as áreas da música, cinema, teatro, artesanato,
gastronomia e antiguidades.
É preciso fazer o trabalho de identificação dessas
essas áreas, de maneira a saber se tem dado o seu contributo para a economia do
país.
É óbvio que a economia criativa tem gerado lucros na
economia do país, mas ainda não existem dados específicos que nos permitam
quantificar sua precisão que se trata de um conceito novo e nos últimos anos é
que se tem falado muito da economia criativa, indústrias culturais e criativas.
Neste momento o país precisa de obter dados estatísticos para saber qual os
ganhos que esta nova economia tem vindo a gerar, a sua contribuição para o PIB.
Cabo Verde é um país de muito turismo, o que
contribui muito para que a economia criativa tenha uma mercado favorável, porém
é preciso investir sobretudo a nível de formação, devem ser criadas ofertas
formativas se calhar em escolas técnicas, em Centros de Emprego e Formação
Profissional e até no Ensino Superior.
Criando essas ofertas formativas, cria-se
competências que podem levar com que as pessoas desenvolvam as suas propiás
competências, temos muito que desenvolver no cinema temos muito que aproveitar
a nível da música e promovê-la principalmente o batuque, também no artesanato podemos
ir ainda mais longe, as artes cénicas também podem ser de igual modo
desenvolvidas, áreas que se devidamente exploradas mais a fundo podem
certamente gerar mais lucros.
Continuando apenas a analisar a área da música vemos
que a Cesária Évora viajou e levou a música cabo-verdiana para aos quatro
cantos do mundo, projectou o nome de Cabo Verde no mundo fazendo com que a
música cabo-verdiana passa-se a ser conhecida.
Nossa arte, nossa gastronomia e sobretudo porque nos
somos um país com forte vocação turístico, atraímos muitos turistas e quando
eles vêm consomem muito aquilo que produzimos em termos de economia criativa.
Mas ainda há muito a fazer porque é uma oportunidade que pode ser aproveitado
sobretudo por parte de jovens, para criarem e aproveitarem o mercado que existe
para criar um conjunto de produtos tipicamente cabo-verdiano e vendê-los no
seio dos turistas.
No último programa do governo aprovado depois de
venceram as eleições em 2011 para até 2016 tem a definição de um conjunto de
clusters, que o “governos diz que são áreas estratégicas para o desenvolvimento
do país e um dos cluster que este definido é o cluster das indústrias culturais
e criativas, portanto o grande desafio é por este cluster a funcionar.
Desenvolver este cluster e ver se consegue fazer uma ligação forte com o
cluster do turismo principalmente, para ver se consegue ter mercado e ganhar a
sua sustentabilidade e dar um salto” afirma JLN.
A Economia Criativa constitui uma das grandes
potências de Cabo Verde, o que falta por agora é uma forte aposta neste sector,
investir nos jovens e nas indústrias criativas, para esse possa gerar lucros para
o nosso país.
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